Certezas
Não quero alguém que morra de amor
por mim...Só preciso de alguém que viva por
mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.Não exijo que esse alguém me ame como
eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não
tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...Nem que eu faça a falta que elas me
fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui
insubstituível... E que esse momento será inesquecível...Só quero que meu sentimento seja
valorizado.Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo
quando a situação não for muito alegre...E que esse meu sorriso consiga
transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.Quero poder fechar meus olhos e
imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também
pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.Queria ter a certeza de que apesar de
minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que
tenho...Que me veja como um ser humano
completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que
dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com
ele.E que esse alguém me peça para que eu
nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.Não quero brigar com o mundo, mas se
um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o
amor existe...Que ele é superior ao ódio e ao
rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que
mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos
meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.Que eu nunca deixe minha esperança
ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um NÃO
que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.Quero poder ter a liberdade de dizer
o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e
importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco
de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.Quero, um dia, poder dizer às pessoas
que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a
às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que
valeu a pena.(Mário Quintana)
Nascido no dia 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete -
RS, filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana, e de Dona Virgínia de
Miranda Quintana, fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em
1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas
primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo, quando esta
ainda era uma instituição eminentemente gaúcha e depois na farmácia paterna.
Quintana é considerado o "poeta das coisas
simples", com um estilo irônico e perfeccionista, trabalhou como
jornalista quase toda a sua vida e traduziu mais de cento e trinta obras da
literatura universal.
Mário Quintana não se casou nem teve filhos. Solitário, viveu
grande parte da vida em hotéis. Em 1980, passando por muita dificuldade
financeira, foi despejado do Hotel Majestic de Porto Alegre, nesta ocasião
Paulo Roberto Falcão cedeu a ele um dos quartos do Hotel Royal, de sua
propriedade. Quintana achou o quarto pequeno, e confidenciou a uma amiga
dizendo: "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É
bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas". Essa mesma
amiga conseguiu um apartamento num apart-hotel (Porto Alegre Residence) no
centro de Porto Alegre, onde o poeta viveu até sua morte. Ao conhecer o espaço,
ele se encantou: "Tem até cozinha!".
Em 1982, o prédio do Hotel Majestic, que fora considerado um
marco arquitetônico de Porto Alegre, foi tombado. Em 1983, atendendo ao pedido
de fãs gaúchos do poeta, o governo estadual do Rio Grande do Sul adquiriu o
imóvel e transformou-o em centro cultural, batizado como Casa Cultural Mário
Quintana.
Mário Quintana faleceu no dia 5 de maio de 1994 em Porto
Alegre, aos 87 anos.
Escreveu Quintana:
“Amigos não consultem
os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma
invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um
momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".
E, brincando com a morte: "A morte é a libertação total:
a morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos".
Que lindo Cris!!! Amei!!! Beijos prima! ótimo fds!
ResponderExcluirBeijos Mi!!! ;)
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